Crítica: Tamanho Família diverte e emociona com equilíbrio

Por Jean Pierry Oliveira


Marcio Garcia e seu "Tamanho Família": sucesso aos domingos
Foto: divulgação


Há três semanas no ar, marcando o retorno a função de apresentador de Márcio Garcia na “Rede Globo”, “Tamanho Família” vem se consolidando com bons índices de audiência (entre 12 e 13 pontos na Grande SP, principal medidor brasileiro e também no RJ, entre outras capitais) aos fins de semana. Isso significa que a nova empreitada do galã vem sendo bem vista – interna e externamente – e segurando o horário a exemplos dos seus antecessores “The Voice Kids” e “Superstar”, dois realities com pegada mais Pop e musical.

É notório que a intenção da emissora é apostar no elemento “domingo família” para prender o telespectador que se reúne às tardes do início da semana para assistir televisão, bem como as demais concorrentes. Entretanto, muitos outros colegas  vem criticando com afinco um fator presente da atração global: a demasiada busca pela emoção. Traduzindo: a “necessidade” de emocionar e fazer o público chorar. É bem verdade que a programação da TV brasileira, nos últimos anos, acostumou-se ao assistencialismo, sensacionalismo e utiliza-se de recursos variados para fisgar o espectador com uma história triste, de superação, dramática etc. Domingo, principalmente. Basta uma zapeada pelos principais programas do dia para perceber: tem o especialista no assunto “Domingo Show”, de Geraldo Luís na “Rede Record”, o famigerado “Domingo Legal”, que buscando copiar o colega da emissora dos bispos vem amargando índices de 4,9 pontos, por exemplo, ainda “Eliana” que também rendeu-se ao formato, “A Hora do Faro” que bebe da fonte chave do canal evangélico e até o “Domingão” de Fausto Silva vem aqui e acolá  usando do artifício. Portanto,  é injusto crucificar “Tamanho Família” por este motivo.

Márcio Garcia entre Juliana Paes e Bruna Marquezine na estreia do programa
Foto: Artur Meninea/ TV Globo


Voltando ao programa, o game show mistura diversão, informação, curiosidades e sim, emoção. Com o avanço das redes sociais – e até antes mesmo disso – sempre foi um prazer praticar o voyeurismo para além da telinha e querer saber um pouco mais da vida privada dos artistas. Mesclando um bate papo informal com algumas brincadeiras até um pouco nonsense demais, o programa do eterno Bahuan permite que os globais fiquem bem à vontade para mostrar um lado mais familiar, humano e até desconhecido de si para quem os assiste. Num dia em que as pessoas costumam sentar-se ao redor de uma mesa, na varanda, no sofá ou simplesmente no quarto a espera de uma boa dose de entretenimento, “Tamanho Família” traz um pouco desse sentimento consigo. Além disso, desmitifica um pouco a aura de “super” imputadas às estrelas.

Com o objetivo de fazer rir, mas também chorar. Sem culpa ou medo de assumir o seu propósito e aliado a uma boa direção – o que falta parecer em alguns outros – “Tamanho Família” mostra que dá pra fazer diferente e cativa quem está em casa. 

Comentários

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  2. Eu assisti e gostei demais. Programa dinâmico e com um apresentador perfeito, perfeito como suas reportagens, amigo. Parabéns!!!

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