Por Jean Pierry Oliveira
Isso dividiu as redes sociais e
também pôs em dúvida a qualidade da atração que o canal do Morumbi produz. Com
relação aos jurados, vimos um Rick Bonadio meio Cowell, mas sem a pretensão de
ser carrasco (ainda que tenha uma expertise necessária e da altura de quem
revelou Rouge, Br’oz e tem cinco Grammys Latino), uma Alinne Rosa ora
emocionada e ora mais crítica, um Di Ferrero sério e um Paulo Miklos mais
calado. Por sinal, esse painel de jurados também não é dos mais populares entre
os fãs do reality, que ficaram decepcionados a espera de artistas mais
conhecidos para ocupar os assentos, tais como Demi Lovato, Britney Spears,
Nicole Scherzonger e Rita Ora nas versões dos EUA (já extinta) e UK,
respectivamente. Sobre a apresentadora Fernanda
Paes Leme, como é de praxe para quem acompanha outras edições, ficou à espreita
nos bastidores com os familiares e amigos dos postulantes ao sonhado “fator X”.
Teve mais a função de auxiliadora dos entes queridos, com direito a lágrimas,
do que de comandante.
Exibido todas as segundas e
quartas feiras, às 22h30, espera-se que “X Factor Brasil” possa crescer e
ofertar para seus telespectadores um nível tão alto quanto o que acompanhamos
lá fora. Qualidade e formato inovadores o reality tem. Só falta desapegar da
cara de “batido” com que chegou por aqui.
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Bancada do "X Factor Brasil": júri previsível e sem apelo popular Foto: Reprodução/ Band |
Nesta última segunda feira (29)
estreou na Bandeirantes o reality “X Factor Brasil”, sucesso mundial exportado
para mais de 170 países e que já revelou artistas do naipe como as bandas One
Direction, Little Mix e Fifth Harmony, além de cantoras como Leona Lewis,
Alexandra Burke e Rebecca Ferguson, por exemplo. Entretanto, a versão nacional
prometeu mais do que cumpriu.
Explica-se. Galgado na versão
original britânica, capitalizado por Simon Cowell (criador do formato, um dos
maiores empresários do ramo musical no mundo e descobridor dos talentos citados
acima), o XFBr não agradou a muitos telespectadores. Após a polêmica das
audições, em que muitos candidatos enfrentaram horas a fio numa fila, sem direito a água e acesso a banheiros, era
de se esperar que a emissora e/ou programa se posicionasse com relação a isso.
Ledo engano. A atitude, para muitos, ficou pior ainda pela omissão (ainda que a
emissora já tenha emitido uma nota anteriormente). Outro ponto negativo foram
os participantes. Sem deixar muito claro para quem assistia como foi feita a
peneira entre os 30 mil inscritos, o que vimos foram cantores de média ou baixa
qualidade, com mais desafinação do que afinação salva raras exceções no
primeiro programa.
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A paulistana Tamires emocionada: cantou Beyoncé, passou, mas desafinou Foto: Reprodução |
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L.A Reid, Demi Lovato, Britney Spears e Simon Cowell na versão americana Foto: Divulgação |
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